quinta-feira, 29 de abril de 2010
Groupware Workbench
Os conceitos da bancada Groupware Workbench começaram a ser desenvolvidos em 2001 na investigação condiuzida pelo grupo de pesquisa Groupware@LES da PUC-Rio sobre a tecnologia de componentes de softrware [Gerosa et al., 2001 ]. O objetivo da investigação foi conceber uma arquietetura que oferecesse flexibilidade e modularidade para o ambiente de ensino-aprendizagem AulaNet, que era desenvolvido por prototipação e apresentava dificuldades de desenvolvimento distribuído e de evolução [Fuks et al., 2003; Gerosa et al. 2004]. A ideia de componentizar o ambiente AulaNet evoluiu para a construção de um ambiente modular para o desenvolvimento de sistemas colaborativos para diversos domínios [Gerosa et al., 2005].
O desenvolvimento do código atual da bancada iniciou-se em 2005 como parte da tese de doutorado de Marco Aurélio Gerosa [Gerosa, 2006] objetivando oferecer uma plataforma de componentes organizados em função do modelo 3C de colaboração para construção de sistemas colaborativos [Gerosa et al., 2006]. No início de 2007 o foco da plataforma passou a ser o desenvolvimento de sistemas colaborativos para Web 2.0 e a bancada foi consideravelmente reformulada.
Em 2008, o projeto Groupware Workbench passou a ser hospedado pelo Centro de Competência em Software Livre do IME/USP e passou a ser disponibilizado como código fonte aberto. A primeira versão (0.1) aberta ao público foi disponibilizada em dezembro de 2008 no repositório Google Code. Em março de 2009 foi lançada a versão 0.2 da bancada com algumas melhorias e correções.
A partir do segundo semestre de 2009 o Groupware Workbench passou a ser remodelado para utilização de tecnologias de apoio ao desenvolvimento em Java para Web: VRaptor e Hibernate/JPA. A camada Web da infraestrutura foi reestrutura para o utilizar o padrão REST e a camada persistência para utilizar o mapeamento objeto-relacional. A próxima versão da bancada já incorporará estas tecnologias.
A bancada de componentes Groupware Workbench é utilizada desde 2005 durante as aulas da disciplina Engenharia de Groupware, ministrada para a graduação (INF 1637) e pós-graduação (INF 2132) do Departamento de Informática da PUC-Rio. A bancada também é utilizada desde 2008 na disciplina Desenvolvimento de Sistemas Colaborativos ministrada na USP para a graduação (MAC 0455) e pós-graduação (MAC 5798) em Ciência da Computação. do IME/USP. Os alunos destas disciplinas utilizaram a infraestrutura fornecida para prototipar sistemas colaborativos para Web. O uso da bancada nestas disciplinas favorece o ensino e a experimentação de conceitos de Desenvolvimento Baseado em Componentes e de Sistemas Colaborativos.
Em 2009 a RNP (Rede Nacional de Pesquisa e Ensino) aprovou um Grupo de Trabalho para a construção de componentes de software para interação social e inteligência coletiva utilizando a infraestrutura provida pelo Groupware Workbench. No contexto deste projeto estão sendo desenvolvidos novos componentes para a construção de redes sociais na Web 2.0. Como estudos de casos, estão sendo desenvolvidas três estudos de casos: a construção de uma rede social para compartilhamento de fotos da arquitetura brasileira, a implantação de interação social e inteligência coletiva na Agência Universitária de Notícias USP e o desenvolvimento de um balcão de dúvidas para os projetos hospedados no Centro de Competência em Software Livre do IME/USP. As aplicações estão sendo desenvolvidas respectivamente em parceria com o Prof. Artur Simões Rozestraten da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, Profa. Maria Laura Martinez, professora do Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA/USP e Prof. Fabio Kon, diretor do Centro de Competência em Software Livre do IME/USP. Com estes desenvolvimentos, o código da bancada está sendo aperfeiçoado, testado e evoluído.
No contexto do grupo de trabalho da RNP foi estabelecida também uma parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), através dos professores Roberta Lima Gomes e Magnos Martinello, para portar e expandir a bancada de componentes para dispositivos móveis. Optou-se por desenvolver o Groupware Workbench para o sistema operacional open source Android, integrando com a plataforma JoinUS [Santos et al., 2008], desenvolvida pela UFES.
No final de 2009, com o crescimento da equipe de desenvolvimento, composta de alunos de mestrado e doutorado do IME/USP e de desenvolvedores contratados pelo projeto da RNP, passou-se a utilizar a metodologia de desenvolvimento Scrum para guiar o desenvolvimento. Optou-se por um método ágil, seguindo a tradição do Departamento de Ciência da Computação do IME/USP, de modo a melhor direcionar a equipe à obtenção de resultados. A equipe de desenvolvimento passou a ser composta por uma equipe de 9 desenvolvedores, 1 Scrum Master e 1 Coach. Esta equipe é complementada por mais 3 desenvolvedores e 2 coordenadores na UFES para o desenvolvimento da integração com a plataforma de dispositivos móveis.
Para 2010, estão previstos a conclusão dos componentes e dos protótipos das aplicações definidas no grupo de trabalho da RNP, o refinamento da infraestrutura de execução de componentes e o lançamento da nova versão da bancada, já integrada com as novas tecnologias de desenvolvimento e com um maior grau de estabilidade.
O conceito de Workgroup Computing abrange várias tecnologias e ferramentas
O conceito de Workgroup Computing abrange várias tecnologias e ferramentas de suporte ao trabalho em grupo que podem, porém, apresentar uma grande diversidade de aplicações e funcionalidades. As principais aplicações podem ser classificadas dentro das seguintes categorias:
Correio eletrônico: O correio eletrônico foi uma das primeiras e mais importantes ferramentas de Workgroup Computing, e é hoje uma das mais utilizadas. Permite a comunicação a nível local (dentro da empresa) e global (Internet), entre pessoas e grupos. Apresenta várias vantagens como rapidez, flexibilidade e capacidade de integração com outros aplicativos (editores de textos, planilhas, etc.).
Agenda eletrônica em grupo: A agenda eletrônica é uma ferramenta que permite a sobreposição de várias agendas pessoais, auxiliando na alocação de tempo e compromissos, como reuniões, de uma equipe. A maior vantagem desta ferramenta é a agilidade que oferece nos agendamentos de reuniões de grandes equipes.
Vídeo conferência: Este sistema permite a comunicação remota com recursos de áudio e vídeo. É de grande utilidade na redução de custos no trabalho de um equipe globalmente distribuída. Alé disso permite a realização de teleconferências e cursos à distância.
Sistema de apoio à decisão em grupo: É uma ferramenta que auxilia uma equipe na tomada de decisões, melhorando o aproveitamento das reuniões.
Sistemas de gerenciamento de documentos: Estes sistemas visam gerenciar documentos eletrônicos de forma a garantir a segurança, a organização e a consistência das informações. Para isso, estes sistemas fornecem recursos de busca rápida, controle de versão e status, anotações eletrônicas (redlines), entre outros (vide PDM).
Gerenciadores de fluxo de trabalho (Workflow): Sistemas de workflow são aqueles que automatizam um processo, acelerando o fluxo de tarefas e eliminando ações improdutivas. Devido à importância dos sistemas de Workflow esse tópico será detalhado a seguir.
Workflow
Workflow é a tecnologia que engloba um conjunto de ferramentas que permitem a automação do fluxo de trabalho. A principal função de um sistema Workflow no contexto de Workgroup Computing é a automação de um processo estruturado e a eliminação de tarefas improdutivas.
Um processo estruturado é aquele em que todas as suas etapas se repetem frequentemente de maneira parecida, e portanto pode ser programado para que as etapas ocorram automaticamente. Essa habilidade de um sistema Workflow de definir a seqüência de etapas que a informação deve passar é chamada de roteamento. O roteamento é definido por regras que estabelecem o próximo passo do processo, que pode acontecer de forma seqüencial, paralela ou condicional.
A implantação de um sistema Workflow apresenta várias dificuldades que variam desde uma adaptação cultural da empresa, adaptação à plataforma de hardware e software, análise de custo e benefício e na maioria das vezes um processo de reengenharia, ou seja, reestruturação do processo de negócio.
Entretanto, a maioria dos "cases" de implantação de Workflow apresentam resultados bastante convincentes. Entre os principais benefícios de uma aplicação de Workflow estão:
Controle do processo: fundamental para as empresas que buscam certificação ISO 9000 e QS 9000.
Produtividade: com a eliminação das tarefas improdutivas o processo diminui o gasto de tempo e aumenta os ganhos.
Padronização do processo: permite que as pessoas possam visualizar o processo e que as informações sejam organizadas.
Rastreabilidade: O status do processo pode ser identificado a qualquer momento permitindo a realização de auditorias.
A Solução da FIM
Na Fábrica Integrada Modelo está implementado uma solução de Workgroup Computing para apoiar o trabalho das equipes no processo de desenvolvimento de produtos. A aplicação está baseada em uma rede local de computadores e no sistema operanional Windows NT.
As principais ferramentas utilizadas são aplicativos comerciais, como o Microsoft Office, que a maioria das já empresas possuem. O objetivo é mostrar que mesmo com aplicações comuns é possível criar soluções mais sofisticadas. As ferramentas utilizadas são apresentadas a seguir.
O Microsoft Exchange é usado como gerenciador de correio eletrônico. Ele permite a comunicação entre as pessoas e a distribuição de informações para grupos de pessoas por meio de listas. Aplicativos como Word, associados ao Exchange dispõem um recurso que possibilita a edição de um documento por várias pessoas em lugares diferentes ao mesmo tempo. Um usuário distribui um documento base para o grupo e cada um faz anotações e envia o documento de volta. Ao receber todas as anotações o documento é compilado.
Computação Colaborativa - Workgroup Computing - é parte de um conceito que surgiu há muitos anos, chamado de Trabalho Cooperativo Suportado por Computador (CSCW – Computer Supported Cooperative Work). CSCW reúne um conjunto de técnicas, sistemas e tecnologias para utilização de computadores com a finalidade de prover suporte ao trabalho em grupo de pessoas que possuem um objetivo comum de negócio.
Este conceito só começou a ser popularizado nos últimos anos devido ao avanço da tecnologia da informação e de recursos como os computadores pessoais e as redes locais de computadores.
A Computação Colaborativa propõe uma maneira inovadora de se resolver os problemas citados inicialmente e fornecer novos recursos para suportar o trabalho em grupo. Os principais objetivos a ser atingir são:
Possibilitar o trabalho em grupo de pessoas separadas fisicamente;
Eliminar ações improdutivas no processo de negócio;
Melhorar a criação colaborativa de produtos do trabalho, como documentos, projetos, especificações, etc.;
Auxiliar na tomada de decisões;
Comunicar os membros dos grupos de trabalho sobre eventos importantes;
Fortalecer a sinergia entre os membros dos grupos de trabalho.
O conceito de Workgroup Computing abrange várias tecnologias e ferramentas de suporte ao trabalho em grupo que podem, porém, apresentar uma grande diversidade de aplicações e funcionalidades. As principais aplicações podem ser classificadas dentro das seguintes categorias:
Correio eletrônico: O correio eletrônico foi uma das primeiras e mais importantes ferramentas de Workgroup Computing, e é hoje uma das mais utilizadas. Permite a comunicação a nível local (dentro da empresa) e global (Internet), entre pessoas e grupos. Apresenta várias vantagens como rapidez, flexibilidade e capacidade de integração com outros aplicativos (editores de textos, planilhas, etc.).
Agenda eletrônica em grupo: A agenda eletrônica é uma ferramenta que permite a sobreposição de várias agendas pessoais, auxiliando na alocação de tempo e compromissos, como reuniões, de uma equipe. A maior vantagem desta ferramenta é a agilidade que oferece nos agendamentos de reuniões de grandes equipes.
Vídeo conferência: Este sistema permite a comunicação remota com recursos de áudio e vídeo. É de grande utilidade na redução de custos no trabalho de um equipe globalmente distribuída. Alé disso permite a realização de teleconferências e cursos à distância.
Sistema de apoio à decisão em grupo: É uma ferramenta que auxilia uma equipe na tomada de decisões, melhorando o aproveitamento das reuniões.
Sistemas de gerenciamento de documentos: Estes sistemas visam gerenciar documentos eletrônicos de forma a garantir a segurança, a organização e a consistência das informações. Para isso, estes sistemas fornecem recursos de busca rápida, controle de versão e status, anotações eletrônicas (redlines), entre outros (vide PDM).
Gerenciadores de fluxo de trabalho (Workflow): Sistemas de workflow são aqueles que automatizam um processo, acelerando o fluxo de tarefas e eliminando ações improdutivas. Devido à importância dos sistemas de Workflow esse tópico será detalhado
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Tecnologia de ponta em comunidades nativas
A ONG Rede Povos da Floresta intensificou a preservação do meio ambiente e das culturas indígenas com o uso da internet, que chegou às comunidades nativas graças à produção de energia solar e à conexão via satélite
Revista Vida Simples – 04/2010
Conversar com um índio ashaninka que vive em uma pequena aldeia no interior do estado do Acre, por e-mail? Sim, o que há alguns anos era absolutamente impensável hoje é algo viável graças a ações como a da Rede Povos da Floresta. Criada em 2003, a rede virtual é resultado de um movimento social que começou nos anos 90 com o seringueiro Chico Mendes e algumas lideranças indígenas, e hoje reúne comunidades unidas pelos mesmos ideais: o de preservação do meio ambiente, das culturas tradicionais e dos territórios originais através do acesso à informação e da comunicação.
Com energia elétrica gerada por placas solares e conexão via satélite, a internet chega a comunidades isoladas e áreas remotas onde antes, na maioria dos casos, não existia nenhum tipo de comunicação. Junto, a Rede promove atividades como a Nanapini, que estimula o reflorestamento conduzido pelas próprias comunidades da região amazônica, e viabiliza a criação dos chamados polos de irradiação, como o Centro Yorenka Ãtame de Formação dos Saberes da Floresta, na aldeia Apiwtxa, no Acre, que é um espaço de educação, intercâmbio e difusão de práticas de manejo sustentável dos recursos naturais da região do rio Amônia mantido pelos ashaninka.
Muita gente ainda torce o nariz para a ideia de misturar tecnologia de ponta com comunidades nativas. Mas a iniciativa vem mostrando na prática que, numa época em que se discute tanto a preservação das florestas, os índios são grandes guardiões ao fazer a vigília e o monitoramento das práticas abusivas contra o meio ambiente que, muitas vezes, passavam batidas aos olhos do resto da sociedade devido ao isolamento geográfico.
Conversar com um índio ashaninka que vive em uma pequena aldeia no interior do estado do Acre, por e-mail? Sim, o que há alguns anos era absolutamente impensável hoje é algo viável graças a ações como a da Rede Povos da Floresta. Criada em 2003, a rede virtual é resultado de um movimento social que começou nos anos 90 com o seringueiro Chico Mendes e algumas lideranças indígenas, e hoje reúne comunidades unidas pelos mesmos ideais: o de preservação do meio ambiente, das culturas tradicionais e dos territórios originais através do acesso à informação e da comunicação.
Com energia elétrica gerada por placas solares e conexão via satélite, a internet chega a comunidades isoladas e áreas remotas onde antes, na maioria dos casos, não existia nenhum tipo de comunicação. Junto, a Rede promove atividades como a Nanapini, que estimula o reflorestamento conduzido pelas próprias comunidades da região amazônica, e viabiliza a criação dos chamados polos de irradiação, como o Centro Yorenka Ãtame de Formação dos Saberes da Floresta, na aldeia Apiwtxa, no Acre, que é um espaço de educação, intercâmbio e difusão de práticas de manejo sustentável dos recursos naturais da região do rio Amônia mantido pelos ashaninka.
Muita gente ainda torce o nariz para a ideia de misturar tecnologia de ponta com comunidades nativas. Mas a iniciativa vem mostrando na prática que, numa época em que se discute tanto a preservação das florestas, os índios são grandes guardiões ao fazer a vigília e o monitoramento das práticas abusivas contra o meio ambiente que, muitas vezes, passavam batidas aos olhos do resto da sociedade devido ao isolamento geográfico.
terça-feira, 13 de abril de 2010
E-Learning
O e-learning é o ensino a distância pela internet. É um tipo de modalidade mais flexível, pois não limita o aluno, na maioria dos casos, a estar em um lugar e em um momento determinados.
Existem três tipos de ensino a distância, são eles:
Ead 1.0 - todos os ensinos à distância que não fazem uso da internet.
Ead 2.0 - utiliza a internet associado a Web 2.0.
Ead 3.0 - seria o ensino a distância do futuro. Ex: Second Life.
Para conhecer a definição que o Wikipédia dá ao termo e-learning, clique aqui.
Existem três tipos de ensino a distância, são eles:
Ead 1.0 - todos os ensinos à distância que não fazem uso da internet.
Ead 2.0 - utiliza a internet associado a Web 2.0.
Ead 3.0 - seria o ensino a distância do futuro. Ex: Second Life.
Para conhecer a definição que o Wikipédia dá ao termo e-learning, clique aqui.
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